Coisas do Caderninho

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Sketch

Para lá…

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Espera…

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Voô

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E o vento…

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Estudo de personagem

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Por enquanto…

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Assim…

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Os segundos…

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Os segundos deveriam “SER” saboreados por hora…

Uma Carta Furta-Cor

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Sete.
São sempre sete. Sete pra dar sorte, sete pra falar de acaso.
São sempre sete cores, sete noites, sete velas… Sete amores
Digo assim: sete vezes te envio o pedido, é sete vezes um pedido, sete pedidos uma só vez o imprevisto não traria, não é?
Olha pra mim, Morena.
Olha pra mim e desenha na minha pele com teus olhos amendoados uma tatuagem cabalística, hindu, macumbeira e feiticeira.
Desenha uma lua cheia, ou melhor, Morena, desenha uma lua nova. O novo sempre cai bem.
Uma lua que ilumina como um farol em alto mar, aqueles faróis cheio de luz que pintam um coral inteiro.
A lua eu digo assim, possui fichas e fichas – daquelas de orelhão velho de cidade pequena sempre a deslembrar qualquer origem – a lua liga pro horizonte e faz o pedido: sete vezes.
Você disse certa vez que o horizonte ficaria lindo em tons de lilás e amarelo – foi isso?
Disse assim: – Gosto de amarelo e azul.
Mas se aparecesse amarelo com azul, eu não repararia no azul direito. E lilás é tão bonitinho. Gosto de lilás. Não me entendo bem com laranja e pouco com o vermelho. Eu poderia preferir verde ao amarelo, mas me cativa mais, o amarelo. O verde me deixa um pouco cismada, sabe-se lá por que!
Se o horizonte tivesse as cores que você deseja, você ainda assim teria medo de cruzar sobre uma corda bamba, a metros de altura, só pra ancorar teu corpo tão cheio de mil tonalidades, no farol em alto mar?
Digo assim: a cor verde furta tudo, é por isso que tu não gostas! Prefere as coisas simples e honestas.
Se a lua fosse esverdeada eu poderia roubar exatamente o que pra mim? – Lua em terceira pessoa que verbaliza o furto – poético demais.
Quantas cores são precisas pra roubar você, pra mim, ou pra lua. Deixo a mercê.
Esqueci de mencionar que, a caminho do farol, a metros de altura, podem-se ver um lugar que só cabem apenas dois pés. Um lugar apertadinho, azul celeste. Quatro pés não passariam… Ah não ser que você permita que subam em seus pés a fim de transformar quatro em dois. Seria íntimo demais, não acha?
Sobe então, Morena, nos pés da lua e carrega ela pra tua vida cheia de amarelo, lilás, azul e façam do farol em alto mar, um porto pra uma solidão a dois.
Digo assim: sete vezes pra falar de coincidência.

(Texto de Lua Palasadany)
http://palasadanyblues.blogspot.com/

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